28 de setembro de 2010

Sanfona malhada

Sofrer do efeito sanfona também significa emagrecer de vez em quando. E, pra correr atrás do prejuízo de ter ganho uns 15kg de alguns anos pra cá, resolvi voltar pra academia.

Os músculos já estão "reclamando" da malhação de hoje cedo... mas eu tô feliz por começar esse novo desafio!

14 de setembro de 2010

No Trendy Twins

Hoje, li um post no Trendy Twins que tem muito a ver com o Sanfona Effect. Mesmo dando um tempo no blog, eu não deixei de ser eu. E resolvi comentar a respeito - tanto lá quanto cá (Ctrl+C; Ctrl+V).

Aí está meu comment... só pra matar um pouquinho a saudade de desabafar.

"Oi, meninas!

Fico feliz por essa iniciativa da Clarisse (parabéns, moça!), e concordo demais com o comentário dela.

Estou bem gordinha e minha vida sempre foi assim: efeito sanfona total.

Eu até cheguei a começar um blog abordando esse assunto, mas confesso que não consegui dar gás nele. É, vida de blogueira não é pra qualquer um! Tem que ter disciplina, viu...

E disciplina é algo que tem faltado pra mim. No blog e na vida. Não quis engordar, mas aconteceu. E não é por 'fat pride' que me mantenho dessa forma. Nos últimos dois ou três anos, 'ganhei' quase vinte quilos. Por uma série de motivos, entre dramas pessoais e a velha falta de vergonha na cara. Estou preguiçosa, sim, e, no meu caso, isso é um fator importante para eu não voltar a minha forma (que nunca foi nem nunca será magra). Mas eu acho que é um direito que EU tenho, não é?

Sofro, sim. Mas também não deixo de me cuidar de outras formas. Acabei de fazer um check-up e meus níveis estão excelentes, como sempre estiveram. Como minhas saladas e também minha picanha. Não tenho frescura.

Entre meus dramas recentes, há um fim de namoro que ainda me faz sofrer. Perdi meu cãozinho-filho, companhia por quase 15 anos. Fui obrigada a conhecer uma nova mãe, não tão amorosa ou companheira, após ela sofrer derrame. Mas não deixo de viver. Saio com meus/minhas amigos/amigas. Paquero, beijo na boca, tiro a roupa sem medo. Vou ao salão. Faço unha, depilação, peeling, hidratação. Compro e uso maquiagem como nunca (e, sim, as Gêmeas são um pouco culpadas nisso... rs). Sou uma consumista incorrigível e, embora eu gostasse muito mais do corpinho M do que o GG, ainda compro muitas roupas.

Tenho mais dificuldade, sim. Como as meninas aqui em cima já comentaram (e eu já falei no meu blog), a indústria não facilita para nós. Não gosto disso e isso me deixa bem pra baixo, quando as compras, na verdade, deveriam nos colocar lá em cima. Isso magoa.

Eu não tenho fat pride. Nunca pesei tanto quanto peso hoje, mas, quando olho para trás, não me lembro de, algum dia, ter me achado magra. Sempre pensei no pior de mim, embora o mundo não enxergasse dessa maneira. E, sim, acreditem: o mundo te trata de forma diferente, dado o seu manequim.

Sou gorda, mas tenho formas. Tenho curvas. Não sou um 'bujão'. Não quero usar só bata ou camisão. Gosto de moda e não quero ser só básica.

Estou entre o G e o GG. Mas até o G é difícil de encontrar, às vezes. E a falta de padronização nos tamanhos também dificulta. Certa vez, a boba aqui resolveu comprar roupa online. 'GG é à prova de erros', pensei. Qual não foi minha surpresa quando o vestido chegou e não consegui dar nem pra uma amiga tamanho P.

Estar entre o G e o GG é meio que um limbo. Se, por um lado, as vendedoras de lojas regulares me olham com desprezo porque sou grande demais, por outro lado, nas lojas de tamanhos especiais sou praticamente invisível, pois, pelo jeito, não sou 'gorda o suficiente'.

A minha luta é só minha. Eu não preciso do mercado me lembrando o tempo todo que preciso emagrecer. E, como publicitária, considero fundamental a pessoa se sentir bem no processo de compra. Se me tratam mal numa loja, não volto. E ponto final.

Meu orgulho é como de qualquer outra pessoa. E ele sobrevive à balança, não importa quanto ela acuse".

16 de abril de 2010

Roupas de grávida. Por que não?

Até hoje, boa parte da indústria plus size brasileira ainda não conseguiu me agradar. Quando entro numa loja especializada, a impressão que tenho é que os estilistas responsáveis são velhos - e magros. Porque não imagino alguém jovem e gordo vestindo a maioria das roupas.

Mas há um filão que, na minha opinião, é muito mais feliz na concepção de seus modelos: a moda grávida.

Nas lojas especializadas em roupas de grávida, já encontrei peças que - pasmem - valorizaram meu corpo. Sim, porque, hoje, esse tipo de roupa não é mais só macacão e vestido largão. Há batas, camisas e vestidos (até de festa!) com cortes modernos e altamente usáveis. Só não gosto das peças de baixo, tipo calças e bermudas (convenhamos: aquelas faixas na barriga são ultraconfortáveis, mas feias pra danar...).

Eu já comprei vestidinhos e batinhas de grávida, mesmo sem nunca ter engravidado. E, além das lojas especializadas (que, convenhamos, metem a faca foooorte no nosso coraçãozinho, de tão caras), há também seções próprias em lojas de departamentos, bem mais acessíveis.

30 de março de 2010

"Não existe mulher feia..."

É comum a gente ouvir que "não existe mulher feia, só mal-produzida". E também é comum achar isso um exagero.

Mas hoje eu senti isso na pele.

Explicando: eu perdi minha bolsinha de maquiagem e tenho tentado repor aos poucos. Hoje, na hora do almoço, fui ao shopping dar uma pesquisada.

Quem costuma comprar itens de maquiagem sabe que as vendedoras adoram testar os produtos na gente. Eu não gosto muito disso, porque acho anti-higiênico. Mas, n'O Boticário, a atendente resolveu me mostrar o efeito do pó mineral. Por cima, passou, de leve, um blush da mesma linha. E só. O efeito ficou bem naturalzinho.

Fiquei surpresa quando meus colegas, que não sabiam o que eu tinha feito durante o almoço, olharam para mim e perguntaram: "você fez alguma coisa no cabelo?", "tem alguma coisa diferente em você... o que você fez?", "você tá mais bonita... o que tem de diferente?".

Nunca pensei que uma bochecha rosada fosse ter esse efeito. Então, já sabe, né? Aposte no pincel (sem exageros, please...)!!!

25 de fevereiro de 2010

"Meus" jeitinhos

Eu conheço bem meu corpo. Conheço como ninguém. Afinal, são 30 aninhos de convivência. E, graças a isso, desenvolvi "jeitinhos" no meu modo de vestir que me iludem a respeito do meu tamanho. Puro me-engana-que-eu-gosto.

Calça reta ou com a boca mais abertinha: dá equilíbrio ao corpo. Quando a gente engorda, engorda mais da coxa pra cima. Se a gordinha usa a calça afunilada, destaca ainda mais essa desproporcionalidade. No entanto, se a calça for mais larguinha (atenção para o "inha": largona demais pode achatar a silhueta!), cria-se a ilusão de que torso e pernas têm a mesma largura. Pense nas formas geométricas: o que é mais harmonioso: um triângulo com a ponta pra baixo ou um retângulo?

Calça compridona com saltão: quando a gente calcula o IMC, leva-se em consideração peso e altura, certo? Pois bem... usar saltão + barra comprida dá a impressão de que minhas pernas são bem mais compridas. E, assim, a massa parece se distribuir em mais altura, resultando, assim, em um corpo mais equilibrado.

Decotes generosos: quando estou mais cheinha, o que mais gosto é meu busto. Com o decote (e sutiã) certo, consigo valorizar isso, desviando a atenção das partes que desgosto. Além disso, ao mostrar um pouco mais de pele, o pescoço parece alongar, afinando a silhueta. Decotes nas costas também podem ser favoráveis e belíssimos. Mas, atenção: por decote generoso, não vá entender peito pra jogo, heim??? Há uma tênue linha entre revelar e ficar seminua. Muita calma nessa hora!

Blusas larguinhas ou batinhas: até há alguns anos, bata era sinônimo de gravidez. Ou tenda de circo. Até que algum(ns) estilista(s) resolveu(ram) remodelar o "larguinho". O que antes era só um camisão agora tem estrutura, cintura, modelagem. Assim, algumas peças, ainda que larguinhas, dão a impressão de curvas sob o tecido.

Largo + Colado: balancear o larguinho (pra esconder o que não gosto em mim) com o coladinho (realçando os pontos fortes) dá equilíbrio à composição. Até porque tudo grudado me faz sentir uma pamonha amarrada, e tudo solto, um saco de batatas.



Tudo bem, eu sei bem que não fui eu quem inventou nada disso. Ilusão de ótica existe desde sempre. E as diquinhas de moda não são novidade, também. Mas eu aprendi todos esses macetes por mim mesma, experimentando e me olhando no espelho... tirando e experimentando de novo... e o fato de minhas percepções coincidirem com o que a maioria sugere me diz que devo estar certa em alguma coisa, né? =)


Espero que goste!

23 de fevereiro de 2010

Nas alturas

Nas minhas épocas de magritude, eu me equilibro linda e gazela num salto agulha. Há uns anos, por exemplo, eu ia trabalhar todo dia de scarpin ou sandália de saltão sem um pingo de sofrimento. Mas, hoje, meus pezinhos carregam bem mais peso. E a força da gravidade não tem me permitido tal peripécia. A planta do pé dói, o tornozelo reclama... é um Deus-nos-acuda mesmo.

Mas-porém-contudo-entretanto-todavia, eu continuo AMANDO me sentir altíssima. Ora, vamos combinar: um saltão de responsabilidade deixa a perna lindona, né? ADOOOOOOOURO!

Pois bem. Como para todo problema existe uma solução, eis o que faço: abuso de meias patas e plataformas, que continuam me levando às alturas, mas exigindo muito menos da sola do pé. Eis alguns exemplos desses meus amores/salvadores:


Plataforma Andarella, Alto Verão 2010



Plataforma Corello, Verão 2010
AMO poás!



Plataforma Shoestock, Verão 2010



Peep toe anabela Via Uno, Primavera Verão 2010



Scarpin meia pata Andarella, Verão 2010
Destaque para a sola vermelha à Louboutin...



Sandália meia pata Corello, Verão 2010



Peep toe meia pata Datelli, Verão 2010



Sandália meia pata Luz da Lua, Verão 2010



Sandália meia pata Santa Lolla, Alto Verão 2010



Bota meia pata Arezzo, Pre Fall 2010



Sandália meia pata Luz da Lua, Verão 2010



Peep toe meia pata Via Uno, Primavera Verão 2010
Mais uma sola vermelhinha.



Sandália meia pata Arezzo, Pre Fall 2010



Peep toe meia pata Santa Lolla, Alto Verão 2010



Sandália meia pata Corello, Verão 2010



P.S.: sim, eu sou consumista e sapatólatra! E nessa época de liquidações, eu suuuufro demais-da-conta, cobiçando tudo o que vejo. Descontrole.com.

A serviço

No meu trabalho, o traje é eclético, principalmente pela natureza do serviço. A grande maioria se veste casualmente, tipo camisa-e-calça-jeans. Eu sou uma dessas pessoas. Mas, às vezes, bate uma vontade de me vestir "melhorzinha". Fora os dias em que temos uma reunião mais importante, ou algo parecido.

Pensando nos dois estilos, fui atrás de algumas opções. Pena que ainda não encontrei muitas belezuras nacionais... mas vou continuar procurando!



(Adittion Elle, 2008)
Adorei o "conjunto da obra", por uma pá de motivos: 1. a calça, com a boca mais aberta e mais comprida (repare no saltão meia-pata que a modelo está usando), é bem do jeitão que eu gosto, pois alonga a perna que é uma beleza; e 2. a camisa, larguinha-mas-nem-tanto, parece confortável, mas não é nem um pouco desleixada. E o cinto dá uma ajustadinha boa, pra não ficar parecendo tudo muito largão e sem forma.



(Igigi, 2010)
O que dá o tchans nessa blusa + calça reta é o cardigã. Além de disfarçar eventuais dobrinhas, acrescenta cor e charminho ao look. Particularmente, eu usaria um colar mais leve, já que os babados do casaco já são bastante informação.



(Ki Graça, 2010)
Adoooouro listras verticais, porque afinam que é uma beleza. E, nesse blazer acinturadinho da moçoila, ficou uma graça. A cor é ótima, também. Com uma peça dessa, dá pra compor um look mais "tô nem aí", com calça jeans e sapatilha, ou um mais ajeitadinho, com calça social reta e scarpin. Fófis.



(Igigi, 2010)
As preguinhas na barra dão um caimento bem natural à saia, não "marcando" tanto a poupancitcha. Mais uma vez, o cinto dá uma ajustada boa, dando forma ao corpo. E o decote reto é discreto e chiquetoso. Só fiquei meio em dúvida com relação à sandália gênero sandal boot, tipo gladiadora ou algo assim... mas isso é fácil mudar.



(Kiyonna, 2010)
Decotes transpassados são ótimos! Valorizam o busto e disfarçam dobrinhas, já que o próprio tecido fica dobradinho na cintura. Pessoalmente, acho os vestidos nesse modelo muito Katina, mas esse, da Kiyonna, liso e com babadinhos, ficou bem jovenzinho.



(Igigi, 2010)
Não sou lá muito fã de estampas grandes, porque me dão a impressão de que aumentam minha silhueta. Mas, nessa saia, os grafismos nem "saltaram" demais, talvez por causa das cores, mais "fechadas". O formato da saia, evasê, é favorável para quem tem culote. E adorei a composição com o blazer (transpassado...) e blusa nos tons da estampa. E os acessórios nude são minha mais nova obsessão.

3 de fevereiro de 2010

E, por falar em roupas de festa...

... Pra quem sofre do efeito sanfona e quer arrasar numa festa, pode partir pra uma boa costureira (de preferência, com indicações, pra evitar a fadiga) e se espelhar em estrelas no tapete vermelho. Que tal?



(Jennifer Hudson, de Vera Wang no Golden Globes de 2007)
Além do decotão que valoriza o busto (adooooouro), o franzido esconde bem a barriguinha...



(Jennifer Hudson, de Roberto Cavalli no Oscar de 2007)
Mais um decotão, mas, dessa vez, com um modelito violão. Acho lindo-demais-da-conta valorizar as curvas assim, mas, particularmente, eu me sinto desconfortável (minha pancita fica muito em evidência...).



(Oprah, de Gucci no Vanity Fair Oscar Party de 2007)
Decotão ajustado + saião de caimento perfeito = eleganteeeee! E reparem no tanto que as cores vivas chamam ainda mais a atenção para o busto, mesmo com a saia estampada.



(Jordin Sparks, de Jessica McClintock no People's Choice de 2009)
Modelo "mocinha", de pernões de fora.



(Amy Poehler no Critics Choice Movie Awards de 2009)
Mais pernoca e listras diagonais (supercombinantes com a mula manca).



(Queen Latifah no Oscar de 2007. Não encontrei o estilista.)
Geralmente não gosto de listras horizontais, mas, nesse caso, sabe-se lá por que, gostei das listrinhas fininhas. E a faixa sob o busto modelou ainda mais a cinturita. Há quem não tenha gostado, mas eu gostei.



(Queen Latifah, de Georges Chakra no People's Choice de 2010)
Confesso que sou mó fã do estilo da Queen. Ela sabe valorizar o que tem. E eu adorei o modelo do vestido, que é simples e bonito. O ouro + prata + bronze deu graça ao branco. Só que eu preciso comentar: tem que tomar muito cuidado quando se usa um modelador de cintura... pra não marcar como marcou nesse caso aqui.



(Millie Quezada no Grammy Latino de 2009)
À primeira vista, achei supersimples. Até o momento em que percebi que a pedraria não é um colar, mas, sim, um detalhe do próprio vestido. Se eu fosse copiar, usaria um colarzão luxo pra simular o efeito. De qualquer jeito, eu gosto. Uma ideia simples e confortável, sem deixar de ser elegante.

26 de janeiro de 2010

A saga do vestido de madrinha

Nos últimos tempos, eu estava à procura do vestido perfeito para eu ser madrinha do casamento da Li, amiga muito querida, em abril. Inicialmente, pensei em contratar uma costureira. Procurei modelos interessantes na internet e cheguei até a fazer um orçamento - graças à indicação de outra amiga queridíssima, Erikita.

Mas confesso que fiquei um pouco medrosa. Não costumo encomendar roupas dessa forma e tenho receio de que, no fim, elas não fiquem "daquele" jeito que a gente queria. Fora a preguiça de ir atrás de tecido, fazer provas e o diabo-a-quatro. E, somado a tudo isso, a veia consumista falou alto e me fez ir provar vários vestidos de festa nas lojas de Brasília.

Exageros à parte, visitei mais de dez lojas. Os fatores que dificultaram:

1. A maioria dos modelos (tamanho G ou GG) ficava perfeito no corpo e, às vezes, até mesmo no comprimento (!!!)... mas, no peito, o zíper não fechava.

2. Tenho uma imensa má vontade com aquele acabamento de elástico (nas costas) em vestido de festa. Por mais que ele permita um ajuste melhor ao corpo, eu acho que ele fica tãoooo feio e deselegante nesse tipo de traje! Em curto ou longuete, eu até encaro. Mas em longo... não, né?

Até encontrei alguns modelos lindinhos. Mas nada "tchans", sabe? Foi quando - de novo ela - Erikita me deu um estalo: "você foi à 2 Tempos?". Pra quem não conhece, a 2 Tempos é uma marca brasiliense com 20 anos de história. Eles têm coleções lindas, desde roupas do dia-a-dia até trajes finos. Eu mesma comprei um dos meus primeiros vestidos de festa ali, há uns doze ou treze anos. Mas não sou cliente assídua - tanto que eu tinha esquecido dessa opção...

Então fui lá no Pátio. Apesar de ser época de promoções pós-Natal, os vestidos de festa (coleção Verão 2009/2010) não estavam com desconto. Ponto negativo. Mas as vendedoras eram uns amores, atenciosas sem chatice (isso é tão raro...). Ponto positivaço.

E, enfim, encontrei MEU vestido! Um lilás simples, mas diferentinho e muito, mas MUITO confortável!!! Sem apertar nada nem destacar coisa desnecessária. O único ajuste? Fazer barra (serviço que a própria loja oferece, de graça). Comprei e voltei no dia seguinte para marcá-la com o sapato que usarei. E pronto, tô feliz e contente!

Recomendo às gordinhas (pode ser impressão minha, mas a modelagem da loja me pareceu maior que das outras) e às magrinhas.

Foto: site 2 Tempos

Por quê?

Não sou uma ativista. Sou simplesmente alguém que gosta de moda, dicas, festas, compras, compras, compras... e de escrever.

Por que resolvi fazer esse blog?

Bem, como digo ali na descrição, sempre sofri do efeito sanfona. Aliás, desde cedo fui cheinha. Aí vieram várias fases da vida, e, para cada uma delas, eu tive um tamanho. Houve uma época que fiquei bem magra (dentro do meu padrão e ossatura, claro), tamanho 38/40. E, nos últimos anos, por uma série de motivos que não cabem aqui, engordei horrores. Virei GG.

Então, comecei a sofrer. Nem tanto comigo mesma, porque, pelo menos no meu caso em particular, meu tamanho atual é exclusivamente culpa minha. Preguiça, mesmo, de ir atrás de uma forma mais "ideal". Não. Meu sofrimento vem de fora. Do mercado.

Sou ávida consumidora. Compro, gosto de comprar, sou feliz assim. E, graças a esse meu vício, não guardo dinheiro e não tenho quase nada além de muitas roupas, mil acessórios, quinquilharias e objetos pessoais. Claro que me importo com isso... ainda mais porque já não sou mais menininha e tenho que pensar no futuro. Mas isso fica pra outro blog, ok?

Pois bem, voltando ao tema do SANFONA EFFECT (ô, facilidade pra me perder no assunto...): meu sofrimento com o mercado. Sim, porque o meu tamanho parece ser tabu na moda.

Para ser mais clara, vou me descrever: toda cheinha, acinturada (no momento a cinturinha tá mais pra cinturona), pouco bumbum, muita barriga, muito peito. E estatura média. Meu magro namorado (tão lindooooo...) diz, com toda a sinceridade no olhar, que não sou gorda. E realmente não me acho GOOORDA, como a maioria da mulherada costuma se autodefinir. Mas também tenho desconfiômetro (e espelho) pra saber que não sou - e provavelmente nunca serei - magra. Hahaha...

Meu drama atual é que, nas lojas "comuns", meu tamanho é "grande demais". Não raro, sou alvejada por olhares de "essa gorda não se enxerga???". E há também aquelas vendedoras que insistem: "imagiiiiiiina... você, usando G (ou GG)??? O seu tamanho é M!!!". Ok, ok, "menas", queridinha. Se bem que, graças à completa falta de padronização de tamanhos e medidas entre as confecções, às vezes isso acaba sendo verdade.

Nas lojas especializadas em tamanhos grandes, eu sou "pequena demais". Tudo fica muito largo. Aliás, acho o cúmulo essas lojas partirem do princípio que só pessoas de mais idade são mais cheinhas. É tudo tão sem forma, sem jeito, ultrapassado... fico chateada. E as estampas??? Arriégua, que tristeza... parece que os gordos não podem ter estilo!

Hã??? Mas e aí, eu fico pelada??? Acho que não, heim...! Pois é. Cá e lá, garimpando como adoro fazer, eu acabo encontrando muita coisa boa. Muita roupa linda. E moooooitos bons negócios.

E aí eu pensei: será que eu sou a única que sofre desse "mal"? Será que outras pessoas não passam pelo mesmo perrengue? Então resolvi criar o SANFONA EFFECT. Não apenas pelo aspecto da moda, mas por tudo que meu tamanho envolve. Uma troca de dicas, ideias, sugestões e causos.

Como eu falei ali em cima, eu não sou ativista. Não entro no mérito gordinhas versus magrinhas nem nada do gênero. Até porque todas são lindas à sua maneira. E, sendo bem sincera, se eu pudesse escolher meu corpo, certamente optaria por um P-violão-sarado, tipo Jennifer Lopez. Mas não posso e nem por isso desgosto de mim mesma. Cada um na sua, com o máximo de beleza que puder encontrar em si.


P.S.: tudo aqui é opinião pessoal. Minha, minha e minha. Apesar de todos terem semelhanças, o meu caso é só meu. Eu sou gordinha por motivos meus, da minha história, da minha vida. Mas há quem não o seja. Há quem tenha problemas de saúde por ser mais cheinha - ou não. Há quem sofra discriminação e depressão por isso. Graças a Deus, esses não são o meu caso. E o meu intuito, aqui, é falar sobre coisas triviais e leves (perdoe o trocadilho). Ser tola, mesmo, e talvez até fútil. De séria, já basta a vida...